A Morte, o Mistério, as catástrofes e Deus (dor em Santa Maria)

Rodrigo Szymanski

É tão estranha, a morte é estranha. É mistério, chegada e partida. E quando ela chega, traz a dor, lagrimas nos olhos, lagrimas na alma. É mistério. É dor sem tamanho. A morte por muitas vezes é tratada como banal. A vida não é levada a sério. Pessoas morrem a todo o momento. Não faz diferença.
Mas a morte quando se apresenta como flagelo coletivo, traz dor coletiva, sentimentos coletivos... e faz com que o coletivo sobressaia o individual. Não conheço, não sou de lá... mas a dor e os sentimentos que a morte traz gera em mim também o Mistério da finitude, dos sonhos infinitos condenados a nossa finitude mundana ...

Quanto vale uma vida? A vida se faz frágil, de uma noite em uma “balada” ao dolorido da morte que chega sem avisar... Quanto vale uma vida?
A morte e seus mistérios, a morte e sua prepotência sobre a vida... A morte que aproxima as pessoas, que nos torna mais humanos, mais caridosos, mais solidários com a dor alheia, o mistério da morte que faz chegar às pessoas a sua humanidade! Frágil humanidade.

Desta dor, desta revolta com a morte, nossa humanidade frágil e coletiva se aproxima do divino. Aquele silencio, aquela prece, aquela oração. E Deus se revela na Dor, no sofrimento, na Morte. Não como senhor prepotente que tira a vida, mas como Pai-Mãe que acolhe, abraça, chora com cada um... a Plenitude do Mistério Divino do cuidado, o Cuidado prevalece, o Cuidado acolhe... Deus, se torna conforto, Deus se torna nossa dor, sentimentos, humanidade, solidariedade, cuidado...

O Mistério da morte será sempre o mistério que trará a nós as perguntas, as duvidas, as revoltas, que sempre revelará um Deus Vivo, Humanizado e solidário...


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