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Mostrando postagens de abril, 2012

Formação sobre Ofício Divino das Comunidades em Birigui-SP

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Todo dia o Sol levanta e a gente canta o sol de todo dia. Fim da tarde, a terra cora e a gente chora porque finda a tarde. Quando a noite, a lua avança e a gente dança venerando a noite. Madrugada, céu de estrelas, e a gente dorme sonhando com elas. “A Igreja, como esposa, não pode deixar que a voz de seu esposo amado, Jesus Cristo, se cale. A criação ecoa esta voz a todo instante, do nascer ao findar do dia” (Penha Carpanedo, pddm) A paróquia Imaculada Conceição de Birigui (SP) em parceria com a Rede Celebra de Animação Litúrgica, de São Paulo, realizou nos dias 21 e 22 de abril formação sobre o Ofício Divino das Comunidades. Assessorados pela Irmã Penha Carpanedo (pddm), cerca de 20 participantes percorreram um caminho pedagógico no qual o conhecimento foi sendo construído em conjunto. Neste encontro, a comunidade de Birigui recebeu a visita de jovens de Votuporanga (SP), Cornélio Procópio (PR), Pirapozinho (SP) e Presidente Prudente (SP). Juntos, os participantes puderam bebe

Igrejas: versão religiosa do Big Brother?

Impressionante artigo do Prof. José Lisboa Moreira Oliveira, da Universidade Católica de Brasília. Ele faz uma análise do livro de Bauman, e conjuga essa análise fazendo relações intrínsecas entre Big Brother e Igreja. (Extraído de www.adital.com.br) Bauman no seu livro A ética é possível num mundo de consumidores? (Zahar, 2011) compara os atuais grupos humanos a verdadeiros ninhos de vespas. Segundo o autor, há uma notória ausência de centros dotados de autoridade, onde se possam construir regras para alianças e respostas para os desafios. As pessoas vivem sem referenciais, buscando elas próprias preencher o vazio gerado por tal ausência. Assim sendo, os seres humanos mantêm-se num estado de fluxo permanente, sempre "se tornando” e nunca "sendo”. As identidades, se é que podemos usar este substantivo, são o resultado de um processo contínuo de negociações e de renegociações. A liberdade tão sonhada e tão cobrada atualmente vem acompanhada de insegurança e de constrangime

Deus chama, mas a hierarquia da Igreja não aprova

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Belo artigo do professor José Maria Lisboa de Oliveira, da Universidade Católica de Brasília. Reflitam... (extraído de www.adital.com.br) Passei a Semana Santa em um povoado do sul de Minas Gerais. O "bairro”, como o mineiro da região denomina o que nós normalmente entendemos por "povoado”, conta com mais de 200 moradores. De fato na última eleição votaram na seção eleitoral existente no local cerca de 190 eleitores. No "bairro” só existe uma templo da Igreja Católica. Não existem templos evangélicos e nem lugares de cultos de outras religiões. A totalidade dos moradores é católica. Apenas uma família é evangélica, mas mora em São Paulo e tem uma chácara no local. Aparece por lá de vez em quando. Os que lá residem são todos católicos. O povoado fica a quatorze quilômetros da sede da paróquia, sendo que cerca de treze quilômetros são de estrada de chão: muita lama na época de chuvas e muita poeira no período de seca. Acompanhei atentamente a celebração do Domingo de

A Vigília da Ressurreição no Sábado Santo

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Introdução Inicia-se esta celebração com uma fogueira do lado de fora da Igreja, na qual é aceso o círio, e solenizado com o canto do Exulte, que mais acentua um elogio à noite, aquela em que Cristo ressuscitou. Como sinal cósmico, a noite em que se realiza esta celebração é a lembrança daquela noite em que só ela testemunhou a ressurreição. O fogo aceso fora da igreja representa para nós o desejo ardente do céu, acendido pelo Pai (oração de bênção do fogo novo), ao mesmo tempo o desejo de sermos purificados, rumo à festa eterna . Começamos a Quaresma recebendo cinzas. Somos pós, mas ao mesmo tempo somos luz. Somos pó que gira em torno da luz. Essa representação nós a encontramos no universo com os planetas, grãos de pó, girando em torno do sol. Nesta noite cantamos o esplendor de uma luz que jamais se apagará. Proclamamos as maravilhas de Deus que nos libertou das trevas da morte e nos devolveu à vida. Noite em que revigoramos nosso compromisso batismal. Ela é especial, pois é c

A redenção por meio do amor

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(a partir das aulas de Cristologia, na Pontifícia Faculdade Teologia Nossa Senhora da Assunção, da PUC/SP) Eurivaldo Silva Ferreira          Ao final da Sexta-feira Santa vale a pena nos fazermos a seguinte pergunta: do que somos salvos e para que somos salvos? É nessa perspectiva que a teologia nos ajuda a entendermos a natureza da redenção e a natureza de Jesus enquanto redentor. São perguntas que os teólogos devem dar uma resposta, principalmente levando em conta a afirmação da nossa fé, que Jesus ressuscitado é o redentor do universo. Mas de que modo Cristo desempenhou, cumpriu, levou a término o seu papel de redentor? O que fez em primeiro lugar? Libertou-nos do pecado ou nos amou? É interessante nos determos nessas questões. Vejamos. A redenção tem que estar necessariamente ligada à expiação. Por isso o papel da redenção de Cristo está ligado ao papel de vítima. Jesus é a vítima, pois experimentou a própria morte na morte, diz a Carta aos Hebreus. Relacionar a redenção à açã