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Mostrando postagens de abril 16, 2014

Os gestos de Jesus na última ceia

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Eurivaldo Silva Ferreira Na última ceia em que Jesus se reuniu com seus discípulos os evangelhos narram quatro gestos: 1) tomou o pão, 2) deu graças, 3) partiu o pão 4) e deu a seus discípulos. Na missa, presenciamos esses  quatro gestos de uma maneira bem visível. Vejamos o seguinte esquema: Gestos de Jesus na última ceia Correspondente ritual na missa Tomou o pão ==> Apresentação das oferendas Deus graças ==> Toda Oração Eucarística Partiu o pão ==> Cordeiro de Deus Deu a seus discípulos ==> Comunhão Analisando os gestos de Jesus e transportando-os para a celebração da missa, podemos afirmar que na missa os gestos do passado, que foi histórico, tornam-se agora atuais, de forma memorial, e a comunidade reunida os vivencia, de modo que, esta mesma comunidade, vivendo seu presente, olha para o futuro, para o que há de vir, para o que chamamos de parusia. Por isso a liturgia tem procurado expressar pelo rito a preocupação de “atualizar” o significado da história sagrada

O Dia da Celebração da Ceia do Senhor e a memória de sua entrega ritual

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Eurivaldo Silva Ferreira Já que a Quaresma se propôs como um itinerário que nos levou a uma espécie de ‘caminho de retorno’ a uma vida nova que tem seu cume na páscoa, agora a missa da c eia é início páscoa, pela qual o Senhor faz novas todas as coisas: nova páscoa, vida nova. Esta vida nova nos é dada pela celebração do mistério, pela qual relembramos a cada ano os mesmos gestos que Jesus fez, a fim de ‘chegarmos à plenitude da caridade e da vida’ (Oração de Coleta). Trata-se de entender como um itinerário contínuo. Ao participarmos da Ceia do Senhor sentimos o impulso do Espírito que age em nós, permitindo-nos devotar a nossa vida a uma causa, a causa do Reino, como Jesus fez em seu amor até o fim. A Campanha da Fraternidade é um belo exemplo de um gesto exterior que tem como origem uma atitude espiritual. A atitude deste dia é a de dar graças, bendizer ao Senhor. ‘Jesus tomou o pão nas mãos, deu graças e o partiu e deu a seus discípulos’, diz a Oração Eucarística IV. Quem é

Aspectos teológicos da Celebração da Ceia do Senhor

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Eurivaldo Silva Ferreira A Eucaristia é memória da cruz, memória de alguém que deu sua vida numa cruz, pois tinha que anunciar a verdade do amor de Deus que liberta. Jesus, percebendo essa realidade de que não v ai escapar mais, faz a memória dessa libertação que o levou para a morte, re-significando na páscoa judaica sua própria páscoa. “Para deixar meu povo livre, eu não me arrependo de nada que fiz, e façam a mesma coisa que eu fiz, como sinal de memória. Não deixem ninguém no desamor, fora dos benefícios da sociedade”. E em sinal simbólico e sacramental parte o pão, e pega o cálice com vinho, dividindo-o entre os seus convidados. O cálice é sinal da Aliança, reportando aquela Aliança firmada entre Deus e o povo do Antigo Testamento. No AT, o sangue dos animais sacrificados no templo era o sinal do sacrifício, era a oblação, a oferta que subia a Deus, com sangue lavado na terra, para agradá-lo. Jesus projeta no cálice com vinho o seu próprio sacrifício, atualizando o ato dos a

Na Missa da Ceia do Senhor, o que deve ser levado em consideração

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Eurivaldo Silva Ferreira 1. O canto inicial abre a celebração desta noite. É um texto paulino (Gl 6,14), que exprime o caráter pascal da vida cristã: uma vida que se gloria da cruz do Senhor Jesus, un icamente no qual se encontra a salvação: “Quanto a nós, devemos gloriar-nos na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo, que é nossa salvação, nossa vida, nossa esperança de ressurreição, e pelo qual fomos salvos e libertos”. 2. As orações sublinham o aspecto sacrificial e nupcial do banquete eucarístico; o seu caráter memorial do sacrifício do Senhor; enfim, pede-se para conseguirmos, através da celebração deste mistério, a plenitude de caridade e de vida, e para sermos, um dia, acolhidos entre os convidados no glorioso banquete do céu. O prefácio usado neste dia evidencia o caráter sacramental, sacrificial e escatológico próprio de toda celebração eucarística: a missa é proclamação eficaz da morte salvífica de Cristo até a sua vida (cf. 1Cor 11,26). 3. As leituras desta missa nos falam d