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Mostrando postagens de 2009

Oração da família para a Noite de Natal

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Recebi isso de uma amiga, a Ir. Márcia Aparecida, minha companheira na Pastoral Litúrgica. Achei tão interessante e bonita que resolvi publicar aqui para que os que quiserem, possam rezar na noite de Natal, com a família. "Menino Santo, que vieste ao mundo para nos salvar, estamos reunidos para agradecer o dom e a graça de sermos família. Em torno desta mesa queremos que nossa vida seja partilha. Neste ano que passou, procuramos viver a harmonia e a concórdia, mas nem sempre conseguimos, confessamos que somos limitados, que temos nossos pecados. Hoje, queremos celebrar o perdão, sabemos que a vida é muito curta, não queremos perder tempo cultivando as intrigas e as inimizades. Por isso, perdoamos a todos os que nos ofenderam e suplicamos o perdão de todos a quem ofendemos. Menino Deus pedimos também por todos os que não estão aqui hoje, nossos amigos e parentes, inclusive por aqueles que partiram para nunca mais voltar, que sejam todos abençoados. Expulsa deste lar e de nossas vid

Liturgia: um caminho

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Jornal O Lutador Online Edição 3670 - 21 a 30 de setembro de 2009 (recebido por e-mail, de um amigo em 01/10/2009) Do lado de fora, o mundo envolve a Igreja com suas crises: a fome e o desemprego, a violência urbana e o terrorismo, entre tantas outras. Do lado de dentro, pulsa um desafio inadiável: reorientar a vida litúrgica para seu verdadeiro foco: celebrar a Páscoa do Ressuscitado. Excessos e desvios No próximo dia 4 de dezembro, vamos comemorar o 46º aniversário natalício da Constituição conciliar sobre a liturgia, a Sacrosanctum Concilium, aprovada em sessão solene do Vaticano II com 2.147 votos, e apenas 4 sufrágios negativos. Após um período de entusiasmo e experiências de todo tipo, hoje a Igreja Católica se vê diante de um desafio que pede atitudes bem concretas: reformar a reforma pós-conciliar para recuperar valores essenciais da vida litúrgica. De todos os quadrantes, erguem-se denúncias e protestos contra o clima de nossas celebrações: excesso de ruído – mesmo disfarçado

Decálogo para ler a Bíblia com proveito

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QUERÉTARO, segunda-feira, 14 de setembro de 2009 (ZENIT.org-El Observador) Por ocasião do mês da Bíblia, o bispo de Querétaro, Dom Mario de Gasperín Gasperín, biblista reconhecido, escreveu um "Decálogo para ler a Bíblia com proveito", que compartilhamos a seguir, por considerá-lo de interesse geral.Decálogo para ler a Bíblia com proveito: 1. Nunca achar que somos os primeiros que leram a Santa Escritura. Muitos, muitíssimos, através dos séculos, a leram, meditaram, viveram e transmitiram. Os melhores intérpretes da Bíblia são os santos. 2. A Escritura é o livro da comunidade eclesial. Nossa leitura, ainda que seja em solidão, jamais poderá ser solitária. Para lê-la com proveito, é preciso inserir-se na grande corrente eclesial que é conduzida e guiada pelo Espírito Santo. 3. A Bíblia é "Alguém". Por isso, é lida e celebrada ao mesmo tempo. A melhor leitura da Bíblia é a que se faz na Liturgia. 4. O centro da Sagrada Escritura é Cristo; por isso, tudo deve ser lido

A ação litúrgica: caminho mistagógico

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Eurivaldo Silva Ferreira Como continuidade de nossa proposta, retomamos nossa conversa neste artigo a partir da vivência pessoal que agora cada um/a faz de si com relação à vivência sacramental. Em nosso último artigo dissemos que a celebração eucarística é um dos condutores ao mistério pascal e, a partir dela, conseguimos forças para desempenhar nossa missão no mundo, a fim de que também o mundo possa viver a fé verdadeira e, conseqüentemente, transformá-lo num outro mundo possível. Assim aconteceu com os primeiros cristãos: “vejam como eles se amam...” diz os Atos dos Apóstolos. Esse amor-testemunho é conseqüência, sobretudo, da reunião fraterna que celebramos no domingo – a Eucaristia – que quer dizer ação de graças. Nela, ao partilharmos o Pão da Palavra e o Pão da Eucaristia, somos convidados e enviados a vivenciar este gesto também no mundo, na relação com os irmãos e irmãs, até mesmo com os não-cristãos. Nós podemos buscar o fundamento teológico disso nas próprias palavras de Je

A Celebração da Palavra de Deus e sua culminância na missão

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Eurivaldo Silva Ferreira Na 32ª Assembléia Geral da CNBB, realizada em Itaici, Indaiatuba, SP, de 13 a 22 de abril de 1994, Dom Clemente José Carlos Isnard, na introdução do documento da CNBB sobre Orientações para a Celebração da Palavra de Deus, afirma o seguinte: A celebração da Palavra de Deus é um ato litúrgico reconhecido e incentivado pela Igreja. Sua reflexão torna-se ainda mais significativa se considerarmos o apreço das comunidades pela leitura e meditação da Sagrada Escritura e a prática da Leitura Orante. A Palavra de Deus é acontecimento, onde o Pai entra na história, onde o Filho prolonga o mistério de sua Páscoa e o Espírito atua com sua força. As celebrações da Palavra de Deus, especialmente aos domingos, fundamentam-se no caráter sacerdotal de cada batizado e de cada batizada. "Ele fez para nós um Reino de Sacerdotes", nos recorda o Apocalipse. "Ele te unge sacerdote", repetimos em cada celebração batismal. Isto é, cada celebração da Palavra

Canto e música na Missa - I

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Eurivaldo Silva Ferreira (org.) Música nas celebrações? Por que? Porque... ...a música concorre para aumentar o decoro e esplendor das sagradas cerimônias, pois, seu fim próprio é acrescentar mais eficácia ao mesmo texto, a fim de que excitem mais facilmente os fiéis à piedade e se preparem melhor para receber os frutos da graça. (Tra le sollecitudini, sobre a música sacra, Pio X, 1903). ...a música própria da Igreja é a música meramente vocal, mas deve ser apoiada com os instumentos musicais, a fim de que não se perca a afinação (Tra le sollecitudini, sobre a música sacra, Pio X, 1903). ...a música litúrgica foi instrumento de conversão ao cristianismo. Porque é serva nobilíssima da liturgia (Constituição apostólica Divini Cultis, sobre liturgia, canto gregoriano e música sacra, Pio XI, 1928). ...Deus se valeu da arte musical, também presente nas Escrituras, desde o Primeiro Testamento até o início das primeiras comunidades cristãs (Encíclica Musicae sacrae disciplina, sobre a música

Canto e música na Missa - II

Eurivaldo Silva Ferreira (org.) CANTO DE ABERTURA: Situado nos Ritos iniciais, tem a finalidade de fazer com que os fiéis, reunindo-se em assembléia, constituam uma comunhão e se disponham para ouvir atentamente a palavra de Deus e celebrar dignamente a Eucaristia. Seu intuito é abrir a celebração, estimular a unidade dos que se reúnem e criar um clima de alegria fraterna, introduzir o mistério do tempo litúrgico ou da festa e acompanhar a procissão de entrada do presidente e dos demais ministros. Prepara a assembléia para escutar a palavra e participar na mesa eucarística. É este canto que dá início à celebração. Dura até o término da procissão. É um canto de movimento e não de repouso. É o canto mais importante dos ritos iniciais. A procissão de entrada é um desfile solene e não uma caminhada desordenada. Este canto deve ser a expressão natural de um coração alegre, de um povo em festa. Deve ser executado alternadamente pelo grupo de cantores e pelo povo, ou de uma vez só, por todos

Jornadas Litúrgicas - Participe!

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Eucaristia: sacramento de transformação pessoal e universal

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Eurivaldo Silva Ferreira Em nosso último artigo falamos sobre a questão da inteireza do ser conseguida pela meta dos sacramentos na nossa vida. Neste sentido, a Eucaristia se faz ponto e cume da nossa ação sacramental, pois, através da ação ritual, ou seja, do celebrar o rito, ela nos torna “oferendas perfeitas ao Pai”. Falamos também da união dessa possibilidade de ação, isto é, daquilo que pretende o sacramento, com a ligação de sua conseqüência em nossa vida. Tudo isso ligado á fé, pois fé e vida caminham juntas. A Igreja diz que a norma da oração é a norma da fé e vice-versa. Também falamos da natureza dialogal da nossa adesão à fé, uma vez concedida através dos sacramentos e da nossa inserção na vida da Igreja através dos sacramentos da iniciação cristã. Neste artigo vamos tratar da celebração eucarística, a Missa, por assim dizer, e como ela pode se tornar, dada sua natureza sacramental, um verdadeiro caminho para adentrarmos no mistério pascal e a partir dele transformarmos a n

Os sacramentos e a nossa experiência de fé

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Eurivaldo Silva Ferreira Muito de nossa experiência pessoal de fé é também alimento para nossa caminhada na Igreja. A fé é dada por Deus, mas pressupõe adesão ao seu convite. Em muitas passagens bíblicas Deus convida pessoas a formar com ele uma aliança e a ela aderir. Foi assim com Abraão, com Moisés, com os profetas, com os reis e etc. Estes, fielmente aceitaram o convite, seguiram e serviram o Senhor. Da mesma forma, a partir da experiência de fé já concedida a cada um e cada uma pelo batismo, no qual somos constituídos Igreja, comunidade reunida, somos convocados para celebrar o Dia do Senhor. É no Dia do Senhor, o Domingo, que nos reunimos em assembléia para fazer memória do Mistério Pascal de Cristo louvando e bendizendo a Deus por nos ter dado seu Filho. Aderindo à sua Palavra, firmando a nossa fé e ao mesmo tempo fazendo a experiência do mesmo Cristo que está presente na própria assembléia, na Palavra, na oração, no louvor, no pão e no vinho, pela força do Espírito Santo. Por m

Cantando as Partes Fixas (Ordinário da Missa)

Relação entre música e rito: três tipos de canto na celebração, em grau de importância: 1) Missa em Canto – cantos do presidente da celebração e dos ministros em diálogo do Ordinário com a assembléia: saudação inicial do presidente, oração do dia, introdução ao Evangelho – diálogo, oração sobre as oferendas, prefácio, as diversas aclamações na Oração Eucarística, Oração do Senhor (Pai Nosso), com a introdução e o prolongamento, oração e saudação da paz, oração após a comunhão, as fórmulas de despedida. 2) Os cantos que constituem o rito: as partes do Comum da Missa, chamadas também de Partes Fixas ou Cantos do Ordinário, cantados em comum, pelo presidente, os ministros e toda a assembléia: Senhor, tende piedade de nós – Kyrie, Glória, Salmo responsorial, Creio (Símbolo), Preces, Santo, Aclamação memorial, Doxologia final. 3) Os cantos que acompanham o rito: as partes da Missa ou o próprio da Missa, cantos de abertura, aspersão do povo, aclamação ao Evangelho, resposta da oração univ

HOJE NÃO TENHO MAIS ESSES SONHOS

HOJE NÃO TENHO MAIS ESSES SONHOS, diz o cardeal O cardeal Carlo M. Martini, jesuíta, biblista, arcebispo que foi de Milan e colega meu de Parkinson, é um eclesiástico de diálogo, de acolhida, de renovação a fundo, tanto na Igreja como na Sociedade. Em seu livro de confidências e confissões Colóquios noturnos em Jerusalém, declara: «Antes eu tinha sonhos acerca da Igreja. Sonhava com uma Igreja que percorre seu caminho na pobreza e na humildade, que não depende dos poderes deste mundo; na qual se extirpasse de raiz a desconfiança; que desse espaço às pessoas que pensem com mais amplidão; que desse ânimos, especialmente, àqueles que se sentem pequenos o pecadores. Sonhava com uma Igreja jovem. Hoje não tenho mais esses sonhos». Esta afirmação categórica de Martini não é, não pode ser, uma declaração de fracasso, de decepção eclesial, de renúncia à utopia. Martini continua sonhando nada menos que com o Reino, que é a utopia das utopias, um sonho do próprio Deus. Ele e milhões de pessoas