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Mostrando postagens de fevereiro, 2010

Música litúrgica - diretrizes ou discussões sobre melodias e letras

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Discussão sobre Música Litúrgica: Um apreciador da discussão litúrgico-musical enviou à Revista de Liturgia (publicação bimetral das irmãs Pias Discípulas do Divino Mestre) um e-mail solicitando material sobre como anda a discussão da música litúrgica no Brasil. A redação da revista enviou-me a mim e ao Márcio Antonio de Almeida, músico e liturgista, o e-mail a fim de que lhe respondêssemos. De minha parte, coloquei-lhe ao par sobre como anda essa discussão em nível de Igreja no Brasil, sobretudo por parte da CNBB. Publico abaixo nosso diálogo: (depois de ter-lhe enviado algum material e indicação de sites sobre o assunto): Euri, Obrigado pelas suas indicações, alias, parabéns pelo seu blog, achei muito legal. Dei uma olhada nos sites que você indicou e salvo engano eu encontrei muito material sobre a função ministerial dos cantos, porém não encontrei diretrizes ou discussões diretas sobre melodias e letras. Diante disto tenho uma dúvida, esta ausência é proposital para que cada

"A Igreja precisa de uma reforma urgente" - Reações e comentários

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Discussão sobre: “A Igreja precisa de uma reforma urgente” de Henri Boulad Tendo em vista a carta de Henri Boulad, publicada neste blog e que circula o mundo, publico abaixo as reações e os comentários enviados por amigos meus, também teólogos e agentes de pastoral, que percebem a real necessidade da tão desejada reforma, ou a aplicação da mesma já proposta pelo Concílio Vaticano II. Prezado Euri, Esses problemas já foram percebidos a bastante tempo, o que acabou gerando o Vat. II. Muita coisa mudou desde então, inclusive a volta do diaconato. Mas tudo acontece muito devagar. Infelizmente é uma característica de nossa Igreja, que, na minha opinião, é o que deveria ser mudado em primeiro lugar, acelerando mais a prática do Concílio Vaticano II, antes até de um Concílio Vaticano III. Mas vamos trabalhar com o que temos e procurar cada vez mais ferramentas para isso. Grato pelo contato. Nos mantenha sempre informados. Abraço, David ******************************** Teólogo Euri

Viver bem a Quaresma buscando na liturgia a sua espiritualidade

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Recebi esse artigo de um amigo meu chamado Eraclides. Achei muito interessante. Não tem autoria, mas como ele conviveu com as irmãs Pias Discípulas, a quem admiro e sou amigo, certamente foram elas que organizaram esse texto. Minha recomendação é a de que possamos tirar da própria liturgia quaresmal uma fonte de espiritualidade, dela bebendo, aquela ao qual deseja e afirma a Sacrosanctum Concilium, nºs 10 e 102. O TEMPO DA QUARESMA O MISTÉRIO LITÚRGICO Tempo privilegiado de conversão, de combate espiritual, de jejum medicinal e caritativo, a Quaresma ainda é, sobretudo tempo de escuta da Palavra de Deus, de uma catequese mais aprofundada, que recorda aos cristãos os grandes temas batismais, em preparação para a Páscoa. Batizados na morte e ressurreição de Cristo, devemos viver segundo uma moral de ressuscitados, seguindo, não uma lei abstrata, mas o exemplo de Cristo, em sua obediência filial ao Pai. No tempo da Quaresma, o povo de Deus empreende um esforço exigente, porém libertado

Carta ao Papa Bento XVI - "A Igreja precisa de uma reforma urgente!"

“A Igreja precisa de uma reforma urgente”, afirma jesuíta egípcio em carta dirigida a Bento XVI O jesuíta egípcio mais destacado nos âmbitos eclesial e intelectual, HENRI BOULAD, lança um SOS para a Igreja de hoje em uma carta dirigida a Bento XVI. A carta foi transmitida através da Nunciatura no Cairo. O texto circula em meios eclesiais de todo o mundo. Henri Boulad é autor de Deus e o mistério do tempo (Edições Loyola, 2006) e O homem diante da liberdade (Edições Loyola, 1994), entre outros. A carta está publicada no sítio Religión Digital, 31-01-2010. A tradução é do Cepat. Eis a carta. Santo Padre: Atrevo-me a dirigir-me diretamente a Você, pois meu coração sangra ao ver o abismo em que a nossa Igreja está se precipitando. Saberá desculpar a minha franqueza filial, inspirada simultaneamente pela “liberdade dos filhos de Deus” a que São Paulo nos convida e pelo amor apaixonado à Igreja. Agradecer-lhe-ei também que saiba desculpar o tom alarmista desta carta, pois creio que “são meno

Avatar e Invictus - Relação de autêntico modelo cristão

Eurivaldo Silva Ferreira Num orkut de um amigo muito especial li sua apresentação que dizia: Sou senhor do meu destino. Sem dúvida, ele assistiu ao filme Invictus, sobre Nelson Mandela, o qual representou tão bem Morgam Freeman. Esta frase é tirada de livros de poesia, que Nelson Mandela leu durante o tempo em que ficou preso. Eu também assisti a este filme e muito me comoveu a figura de uma pessoa tão ímpar e preocupada com a vida dos mais pobres. O personagem Françoais, técnico daquele time de um esporte inglês pouco conhecindo entre nós, vivido por Matt Damon, numa das cenas em que visita a penitenciária também ficou intrigado com a coragem de uma pessoa em querer perdoar seus algozes. Como pode? Certamente Nelson Mandela viveu intensamente o perdão, aquele mesmo que Jesus nos ensinou e que de tão pouco aprendemos. No entanto, algumas dúvidas sempre me intrigam: participando de nossas celebrações dominiciais, por que será que não ouvimos incentivos em nossas homilias para que os fié

O Crucificado do Haiti

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  Acabo de ver a imagem do Crucifixo da Igreja Sacre Coeur du Tugeau, no Haiti, exibida pelo Fantástico, programa da Rede Globo. O templo sagrado desabou e restou aquele Crucifixo, quase intacto, grande, erguido, exposto aos olhares que banham de lágrimas as noites haitianas. As pessoas param em frente a ele, choram e rezam. Esta imagem provoca o ser pensante. Por que foi assim? Por que aquele Crucifixo resistiu ao equivalente a 30 bombas nucleares como a de Hiroshima? E Cristo ficou ali. Parece ser aquela Sexta-Feira Santa, em Jerusalém, no alto do Calvário. Pus-me a pensar e contemplar a chocante cena. Abri as Sagradas Escrituras e pus-me a ouvir o Senhor. O Filho do Homem permaneceu naquele lugar, representado pela imagem, para dizer aos sofredores haitianos que eles não estão sozinhos. Jesus Cristo está crucificado com eles e eles com Cristo. “Suas dores são minhas dores; suas lágrimas são minhas lágrimas; seu sangue é o meu sangue. Estou na cruz despido, como vocês qu