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Mostrando postagens de junho, 2012

Santo Antônio, o bem-aventurado que promoveu a fé, fortificando o serviço pela causa do Reino

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  Eurivaldo Silva Ferreira        No segundo dia do tríduo preparatório para a festa do padroeiro de minha comunidade paroquial, preparei a reflexão abaixo.                 Bento XVI começa o nº 7 de sua Carta Apostólica, A Porta da Fé, com a citação de Paulo aos Coríntios, em que afirma que quem nos impulsiona a evangelizar é o amor de Cristo. De fato, vemos em Paulo um ardoroso comunicador e evangelizador. Pelas várias comunidades que passou, ele mesmo vive experiências difíceis em seu itinerário de anunciador da fé em Jesus Cristo. A razão em que Paulo se fundamenta para afirmar que é urgente o serviço da evangelização seria porque na comunidade de Corinto havia se espalhado rumores de que Paulo não pertencia a Jesus só pelo fato de Paulo não ter conhecido Jesus pessoalmente. Por isso é que Paulo começa o trecho dizendo que a força do testemunho não é o conhecimento, mas a fé na morte e ressurreição de Jesus. Em Jesus, aquilo que era antigo passou-se, e se fizeram novas toda

Corpus Christi: Momento para repensar o mistério da Eucaristia

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José Lisboa Moreira de Oliveira Filósofo. Doutor em teologia. Ex-assessor do Setor Vocações e Ministérios/CNBB. Ex-Presidente do Inst. de Past. Vocacional. É gestor e professor do Centro de Reflexão sobre Ética e Antropologia da Religião (CREAR) da Universidade Católica de Brasília Na próxima quinta-feira, dia 7 de junho, a Igreja Católica celebrará a solenidade de Corpus Christi. Creio que tal celebração deveria ser revertida num momento para se repensar com toda seriedade possível o mistério da Eucaristia. Deveríamos sair das pompas, ostentações e luxo e nos voltarmos para o silêncio contemplativo e reflexivo. O primeiro momento deste processo reflexivo deveria ser um repensar a própria solenidade de Corpus Christi. Sabemos que esta festa surgiu no auge de uma violenta crise pela qual passava a Igreja Católica. A liturgia havia se sofisticado e se distanciado do povo. Era celebrada em latim, língua não mais falada pelas comunidades. Além de serem celebradas numa língua inc

Música e humanidade

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Eurivaldo Silva Ferreira Ultimamente tem-se percebido que a música possui uma grande variedade de destinações. O uso terapêutico também é uma dessas. Há quem diga, embora ainda não comprovado pela ciência, que a música ajuda em certos tratamentos de recuperação. Os musicoterapeutas estão contribuindo e muito para este fim. Não obstante à destinação clínica, a música certamente já é um instrumento amplamente aceitável nas religiões do mundo. O ser humano percebeu que o contato com o divino, com o transcendente pode ser facilitado pela música. As religiões, percebendo esse vislumbre, recorrem à música para divulgarem seus cultos e, muitas vezes, seus fiéis são atraídos aos grandes templos religiosos pela música. Com a Igreja Católica Romana não aconteceu diferente. Uma coisa interessante chamou a atenção do mundo católico com relação à música. A relação entre o ser humano e o transcendente, o divino, é sobretudo realizada através dos cultos. Na Igreja Católica denomina-se litur