Avatar e Invictus - Relação de autêntico modelo cristão

Eurivaldo Silva Ferreira

Num orkut de um amigo muito especial li sua apresentação que dizia: Sou senhor do meu destino. Sem dúvida, ele assistiu ao filme Invictus, sobre Nelson Mandela, o qual representou tão bem Morgam Freeman. Esta frase é tirada de livros de poesia, que Nelson Mandela leu durante o tempo em que ficou preso.

Eu também assisti a este filme e muito me comoveu a figura de uma pessoa tão ímpar e preocupada com a vida dos mais pobres.

O personagem Françoais, técnico daquele time de um esporte inglês pouco conhecindo entre nós, vivido por Matt Damon, numa das cenas em que visita a penitenciária também ficou intrigado com a coragem de uma pessoa em querer perdoar seus algozes. Como pode? Certamente Nelson Mandela viveu intensamente o perdão, aquele mesmo que Jesus nos ensinou e que de tão pouco aprendemos.

No entanto, algumas dúvidas sempre me intrigam: participando de nossas celebrações dominiciais, por que será que não ouvimos incentivos em nossas homilias para que os fiéis recorram ao cinema para que, assistindo a filmes como este, possam aprender um pouco mais de pessoas que tão desprentenciosamente resolveveram viver aquilo que Cristo ensinou, sobretudo amando os mais humildes e perdoando? Por que filmes como esses não são objetos de discussão em nossa catequese e em nossa pastoral?

Penso que seja porque ainda não conseguimos aliar cultura e vida cristã autêntica. Hollywood, com sua máquina encantadora de produação de filmes e espetáculos audiovisuais já aprenderam a nos convener usando a chamada "7ª Arte". No entanto, nossas homilias, com suas falas encabrunhadas, não nos convencem nem um mílimetro.

Está também em cartaz o filme Avatar, que mostra o convívio entre pessoas de outras religiões e crenças, e que juntas querem melhorar um outro mundo, numa atitude de respeito à ecologia, ao outro e à sobrevivência. Os cientistas do bem, que desenvolveram o programa chamado "Avatar", trabalham para uma potência militar que quer explorar uma espécie de planeta desconhecido com seres que cultuam as realidades da natureza, têm uma espécie de vida tribal, vivem em clãs. Neste plante, o objeto de exploração é uma espécie de minteral que se encontra debaixo de uma árvore cultuada por seus habitantes. E, além disso, o papel principal é reservado a uma pessoa com deficiência física.

Outrossim, vale a pena lembrar que Avatar não contém nenhuma cena de nudez ou de apelo erótico. Por que será que esse filme foi indicado a tanto Oscar, hein?

Penso que Invictus e Avatar têm muito a nos dizer, nós, que somos cristãos católicos e que ainda somos portadores da Boa Nova do Evangelho, mas que ainda não sabemos o que fazer com essa Boa Notícia. Sem dúvida, Hollywood, que sequer sabe o que seja Evangelho já faz. Esses filmes ficarão na história.

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